INTERNAÇÃO DO DEPENDENTE QUÍMICO
As internações para o tratamento
da dependência de substancias psicoativas acontecem em instituições públicas e
privadas no Brasil, e variam de acordo com as filosofias de tratamento
adotadas. A desintoxicação dentro da rede publica de saúde pode ser feita por
meio do atendimento emergencial ou em internações de curta duração. Estes
atendimentos devem fundamentar-se em um diagnostico da equipe de saúde.
Já nas internações de longa
duração, como acontece em comunidades terapêuticas, o usuário de crack pode ser
acolhido por um período que varia de 3 a 12 meses, com vistas ao afastamento do
ambiente onde a droga era consumida e a transformação psicossocial em sua vida.
A internação é indicada para pessoas que colocam a si mesmas ou a outros em
situação de risco, passam por problemas legais relacionados à dependência e não
conseguem deixar de usar a droga mesmo após o processo de desintoxicação.
A maior parte das comunidades
terapêuticas brasileiras é administrada por associações religiosas. Boa parte
delas também é coordenada por dependentes químicos em recuperação ou familiares
de ex-usuários de drogas.
O tratamento é baseado na
convivência entre os pares e no tripé terapêutico que envolve espiritualidade,
trabalho e disciplina. Os pacientes têm horários determinados para acordar,
comer, cuidar da higiene pessoal e participar de atividades em grupo, como
orações estudos religiosos. Nestes serviços, o trabalho é parte fundamental do
tratamento e também é baseado em regras rígidas.
O princípio terapêutico mais
comum nessas comunidades é a ajuda dos pares, muitas vezes com suporte de
profissionais da área médica, psicológica, e assistente social. O trabalho
multidisciplinar trata o transtorno de forma individual e tem como objetivo
motivar o usuário a abandonar o antigo
estilo de vida, a aprender novos hábitos e a construir sua identidade pessoal.
Fonte: Crack e possível vencer
Fonte: Crack e possível vencer